quarta-feira, 25 de julho de 2012

Iludiram-se de promessas vãs e se prometeram cuidados despretensiosos. Pretendiam carinhos infindos, se acariciaram sem entrega e  se entregaram sem verdade. Juraram mentiras e presentearam-se de mágoas mútuas. Ambas derreteram-se em arrependimentos e agarraram-se a ressentimentos, alheias aos próprios feitos. Agora, já desfeitas do compromissos e desapegadas do que teriam sido e do que pensavam que eram, não se fizeram grandes como sonhavam e tornaram-se torturas do tempo.
Meto as mãos nessa espessa argamassa acreditando ser capaz de ali imprimir minhas digitais e por hora esqueço que as mesmas, já gastas, não modelam o corpo alheio com a desenvoltura de outrora.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Será que por ficar pensando em você me engano?
Amo porque penso ou penso porque amo?
E esse sentido de onde vem?
Será que ela sente mesmo? Será que não é o fingir da atriz?
Mas se for atriz essa também não sente quando atua?
Qual a diferença entre sentir e sentir?
O que faz o meu sentir mais ou menos real do que o dela, que o seu, que o sentir de qualquer um?
Todo mundo finge.