segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quero me despir. Tirar essa roupa velha. Me despir do mundo, me despir de mim mesma. Nua de mim, nua de ti. Como me despir de ti? Como me despir de mim? Tiro essa roupa, visto outra. A escolha antecipada não vale de nada. Não existe a escolha. Existem roupas e existe o corpo nu. O meu corpo já é a minha roupa. Quais outras roupas estou usando, essas que não me servem mais? Me rasgo. Eu quero a nudez, e que todas as possibilidades me caibam. A nudez que mostra, que exprime, que expõe. E dentro da nudez ainda existe algo a ser descoberto, e é ali que quero chegar. Mas antes preciso tirar essa roupa velha.

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