quinta-feira, 31 de maio de 2012

E foi acordada pela voz que dizia: "Ponto final mocinha. Você deve descer aqui." Ela olhou em volta, ainda embriagada pelo sono, e constatou que não tinha idéia de onde estava. Não se lembrava de seu sonhos. Como se não bastasse estar completamente perdida, tinha a sensação de habitar o sonho de outrem. Perguntou ao condutor onde estavam e ele respondeu que no ponto final do 35. 35? Ficou tentando lembrar de quando pegou o ônibus. Não tinha mais certeza se, quando viu chegar o ônibus, era o número 38 mesmo que vira por engano, achou que fosse seu velho 38 de sempre... ou se lera 35 mas entrou nele mesmo assim porque o 38 a levaria para o mesmo lugar de sempre e ela ansiava por algo novo em sua vida medíocre. O fato era que ali estava e agora não adiantava choramingar. A atitude fora tomada, consciente ou não, e ela percebeu a grande oportunidade que estava à sua frente.

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